segunda-feira, 6 de outubro de 2008

.DesastreSafora.

Desesperada, correra tanto e nada encontrara. Nunca havia encontrado o que queria. Pôs as mãos no lugar onde parecia bater um coração, e ao encostar, quase o tirou de lá. A vontade era essa... O que fazer com algo que só traz infelicidade? Ela, que fora tão trágica durante toda sua vida, não tinha mais cabeça para ter um coração. Era assim, o drama que transformara sua vida em um filme solitário.


 

Afinal, o mundo tem lugar para os que amam sozinhos?


 

Era uma pergunta que ela se fazia constantemente ... Não, nunca obtivera resposta. Pois tudo sempre fora tão incompleto, que jamais conseguiu dispor de tempo para observar. Sua vida, cheia de desastres amorosos, impossibilitava de ter prazeres mais profundos. Ou, até mesmo, aquele momento em que pensamos ''as borboletas chegaram''.


 

As borboletas ... ela nunca as conhecera.


 

Que falta de cores. Até o vinho já está cansado de abrigar suas dores, amargo de tanta angústia.


 

Encontros e desastres

... e ela nunca foi além disso.

4 comentários:

larii i ssa disse...

'n tinha mais cabeça para ter um coração'
sensacional..tratou a dor e fez uma flor..
quero aprender com teu pequeno-grande coração!!!

nah benevides disse...

Moça, se soubestes como suas palavras tocam-me a alma, ficarias feliz, sabias?

Mas, responda-me uma coisa: Antes de escrever este, conversaste comigo? Descreveu aí, tudo o que estou sentindo :/ Ou pelo menos a metade.

amo-te, Judezinha. .-.

é inefável.

SAUDADE MATANDO.

Lusca Fusca disse...

lindo, lindo, Jude. queria correr um pouco das poesias, mas não consigo :)

lindo como tu tratou o amor nesse texto, uma 'coisa' meio que perigosa, das dores mais profundas.
quando se ama so então...

amo suas palavras ^^

Delírio. disse...

Mas não precisa de cabeça pra ter coração, não sabia? :]