Asas.
Por onde andam as minhas?
Aquelas, que emprestei a ti.
Logo precisarei de maiores.
Conto-te um segredo – é necessário reaprender a voar.
Primeiramente, enxergar.
Conto mais um – desejo não enxergar as distâncias.
Pois a sensação que busco, nasce da quebra de limites.
Liberdade.
Efêmera. Fugaz.
Poderei usar quantas palavras quiser,
Mas todas irão apagar-se tão rápido quanto meu rastro.
Pois são tão fugitivas quanto eu...
Eu,
Que nunca soube o que é o sólido.
Escorro por entre os dedos,
Até quando desejo.
Escapo-me.